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​A última edição do Relatório Employment and Social Developments in Europe (ESDE) dá conta da criação de três milhões de postos de trabalho na Europa e recomenda mais investimento na melhoria das competências das pessoas.

23-12-2016

Segundo o relatório publicado, a criação de emprego, durante o ano de 2015, resultou num recuo efetivo dos níveis de pobreza, apesar dos números do desemprego permanecerem elevados e com vincadas disparidades entre os Estados-Membros. 

Este ano, o relatório que dá conta da Situação Social e do Emprego na Europa focalizou-se no Emprego enquanto instrumento de combate à pobreza, na digitalização e nas mudanças no mundo do trabalho, no papel do diálogo social, entre outros temas, analisando e procurando respostas políticas possíveis para os desafios futuros

Na Europa, a forma de trabalhar está a mudar num contexto de digitalização crescente da economia, com a emergência de plataformas digitais e da economia colaborativa que, no futuro, disponibilizarão novas oportunidades de trabalho, a maior parte assentes no auto-emprego. O investimento nas tecnologias de informação e comunicação (TIC) explica um terço do crescimento económico da UE entre 2005 e 2010, mas muitas vagas de emprego neste setor continuam por preencher. Por isso, investir nas competências é crucial para que se possa tirar pleno proveito da digitalização.

Procurando dar resposta aos desafios apontados nos relatórios anuais ESDE, o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, uma proposta que será apresentada no início do próximo ano, procurará maximizar as oportunidades de emprego, construir sociedades e mercados de trabalho inclusivos e promover a convergência em torno do crescimento na zona euro e em toda a UE.

A Comissão irá intensificar esforços no âmbito da Nova Agenda de Competências, lançada em junho de 2016, com o objetivo de continuar a investir nas competências das pessoas ajustadas às exigências do mercado de trabalho. É neste contexto que se insere o lançamento de um modelo de cooperação setorial na área das competências. 

Para o primeiro semestre de 2017 está programado o lançamento de um guia para a definição de perfis de competências dos requerentes de asilo, dos refugiados e outros migrantes, no sentido de facilitar a identificação, a visibilidade e o reconhecimento das suas competências e qualificações.

O esforço da Comissão em prol da diminuição do desemprego, em geral e do desemprego dos jovens em particular, está a dar frutos. Desde 2013, registou-se uma redução de 1,6 milhões do número de jovens desempregados e há menos 900 mil jovens que não trabalham ou que não estão inseridos numa ação de educação ou formação.

Com o prolongamento da iniciativa Garantia para a Juventude, o aumento da dotação da Iniciativa para o Emprego dos Jovens e a recente medida destinada a Investir na Juventude da Europa, a Comissão visa maximizar as oportunidades dos jovens no mercado de trabalho.

Factos e números

O número de europeus com emprego é o mais alto de sempre, atingindo os 232 milhões. A percentagem da população da UE em risco de pobreza e exclusão social - 23,7 % - atingiu o valor mais baixo dos últimos cinco anos.

Contudo, há, ainda, 8,3 % de europeus desempregados (segundo dados de outubro de 2016) e o relatório ESDE salienta a dificuldade no seu regresso ao mercado de trabalho no período pós-crise (2008-2013): só um em cada oito desempregados conseguiu encontrar um emprego permanente no prazo de três anos. O desemprego dos jovens, a rondar os 20 %, continua a ser um dado preocupante.

Relatório ESDE 2016

O Relatório dá conta das recentes tendências em termos sociais e de emprego e analisa os desafios futuros e as respostas políticas possíveis. Trata-se do principal documento elaborado pela Comissão Europeia para produzir elementos factuais e de análise das tendências atuais e futuras.

Fonte: PO CH/AD&C/RAPID-CE

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